“No conforto pobrezinho do meu lar,
Há fartura de carinho
A cortina da janela e o luar,
Mais o sol que bate nela
Basta pouco, poucochinho pra alegrar
Uma existência singela
É só amor, pão e vinho
E um caldo verde, verdinho
A fumegar na tijela…”
In “Uma casa portuguesa”
(Letra de Reinaldo Ferreira e Vasco Matos Sequeira, música de Artur Fonseca e interpretação por Amália Rodrigues)
Esta sopa tradicional de Valença do Minho é consumida ferozmente por altura dos Santos Populares e com frequência em festas que se prolongam pela noite dentro. Como a passagem de ano, casamentos, churrascadas, aniversários ou até mesmo piqueniques, uma espécie de “cura” de fim de noite para os excessos.
Feito com ingredientes simples, tanto este caldinho como a canja de galinha fazem parte do receituário milagroso das avós e é uma verdadeira comida de conforto.
A fórmula simples do caldo mantem-se mas passa de sopa do pobre a caldo do nobre! E para isso faz-se acompanhar de rodelas de chouriço (cozido à parte), um fio de azeite e algumas fatias de broa.
Em 2011 foi considerada uma das 7 maravilhas gastronómicas de Portugal e até já tem um festival em Penafiel, realizado em sua honra.
Vamos fazer um caldo verde, verdinho?
Caldo verde